Certamente que todos nós já uma vez tivemos de frequentar esse pesadelo do jovem adulto que é a festa de anos de criança. Irremediavelmente acabamos por ser o único espécime humano representativo da nossa faixa etária, estando normalmente o espécime humano mais próximo à distância de 10 anos (o puto de 10 anos ou a mulher de 30 anos casada). Neste género de festas é comum encontrarmos histórias e estórias fantásticas, se bem que repletas de referências de cariz sexual (claro que sempre camufladas pela ironia, sarcasmo ou eufemismos). Conto-vos a história de um indivíduo que eu vejo todos os dias em frente ao espelho, que frequentou tal antro de bolos, champomi (a pior invenção do Homem desde o toque rectal) e outras confecções culinárias ricas em calorias e sacarose. Quando se chega à festa, está tudo bem, as crianças saltam, gritam e demonstram as suas qualidades de cinemática à nossa frente (os comuns saltos, corridas desenfreadas enquando nós tentamos assistir a algo na TV e o necessário rebentar do balão). Se por um lado temos as crianças aos saltos pela casa, por outro temos os avôs das criancinhas sentados em formação circular em volta de uma mesa, bebericando as suas Sagres fresquinhas e debatendo os assuntos importantes do Mundo, designadamente o eterno debate entre a preferência de usar canos de cobre ou PVC ou então velhas estórias de guerra e amores perdidos. As avós discutem a evolução da massa das crianças além de se dedicarem à milenar arte de "dizer mal da nora". Mas agora, todos sabem que uma festa de crianças não é festa enquanto uma destas pestes não derrubar a outra e começar a choradeira. (Do meu ponto de vista a idade entre os 6 e os 15 devia ser abolida). E eis que após várias horas de pura tortura chegamos àquele momento que delimita o final da festa, o cortar do bolo (previamente bem cuspido pelo infante aniversariante e por outros que insistem em soprar as velas).
Acho que não me engano em dizer que este é o grande medo de qualquer jovem adulto. Espero que a história do indivíduo que eu vejo todos os dias em frente ao espelho vos tenha ajudado. Lembrem-se, por muito más que as coisas estejam, elas podem piorar, bastando que alguém se lembre de por o "Ruca" no DVD, ou então um cd de músicas de criança.
3 comentários:
sim... essa terrivel invençao que sao as festas de aniversarios infantis... uma verdadeira tortura.. isso e os jantares em casa dos amigos dos pais em que os adoraveis rebentos dos ditos amigos têm 14 e 9 anos... exactamente a mesma coisa que se passou ctg, mas a meio eu estava a pedir para ser fuzilada.... (p mais infos diz m kk coisa lool) LOL
quem é o ruca????
Cara amiga, o Ruca é uma personagem dos desenhos animados que acompanha as crianças na sua breve vida. http://www.rtp.pt/wportal/sites/tv/ruca/
Ora ai está a décima praga que Deus provocou nos Egípcios anunciada por Moisés, e omitida da Bíblia. Na realidade Moisés NÃO anunciou a morte do primogénito de todos os filhos do Egipto, mas sim o aniversário de um deles ao qual todos os outros compareceriam. Claro que o Faraó se riu na cara dele e ainda ajudou aos preparativos e incentivos aos restantes primogénitos - provavelmente não teve de se esforçar muito, deve ter anunciado a presença do Ruca e do Nody na festa, ao qual nenhum espécime, com idades compreendidas entre 5 e 14 anos, pode resistir.
Ora bem, o resultado foi nada mais nada menos que aquele descrito no texto de MFM, criançinhas numa correria desenfreada e em demonstrações de melhor actor para o papel do próximo “King Kong – The Miniature”. Agora imaginem o que não foi terem milhares de PUTOS a chatearem-vos a cabeça com coisas do género “Mãeee, eu quero tirar um papiro com o Rucaaa / Nodyyy!!” – isto enquanto batem com os pés no chão a fazerem birra, porque o pai do outro menino conhecia o senhor que estava vestido com o fato ridículo de um destes personagens e, porque nós também o deveríamos conhecer - “Vamos jogar ao por a cauda no burro com burros a sério!!” – sempre deu mau resultado, porque, como devem imaginar, o pobre animal equestre estaria descansadinho da vida até lhe espetarem um prego numa das suas coxas, o qual não aguentando a dor penetrante desata aos coices pela festa fora – e a mais irritante de todas “Vamos jogar a apanhada com as tranças que os nossos pais nos fizeram com a réstia de cabelo que deixaram na nossa cabeça cabeça!” – esta era especialmente boa, porque ao fim de algum tempo, tínhamos montes de crianças a chibatada as nossas pernas e algumas a acertarem nos bolos e taças de doces que estavam em cima da mesa.
Bom, agora devem imaginar o porquê de na Bíblia ser então anunciada a morte do primogénito; com tantos “acontecimentos” do género dos descritos acima, os próprios pais ficariam com vontade de os maltratar.
Nota: Não cheguei a referir a parte em que se cantam os parabéns, em frente a um bolo com um diâmetro de vário metros, de modo a poder dar pelo menos uma fatia a cada uma das pessoas presentes, em que seriam necessárias todas as criancinhas para apagar as velas; isto pelo simples facto de ser desnecessário referir a nova cobertura do bolo quando finalmente conseguiram apagar as velas.
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