quarta-feira, setembro 06, 2006
terça-feira, setembro 05, 2006
A Arte de Forrar Livros
A arte milenar de Forrar Livros.
O Leitor lembra-se certamente desta situação, inícios de Setembro, chegam os livros da escola, e associado chega o magnifico papel para forrar os ditos. O clássico transparente, outros com desenhos, alguns às cores. Apenas uma coisa é comum a todos eles. A incapacidade de colarem devidamente ao livro, deixando as sempre inestéticas bolhas de ar. Lembra-se das maratonas de forrar livro? As longas horas em volta de um rolo daquele papel fantástico, repetindo o processo até à exaustão, tentando sempre que não ficassem bolhas na capa do livro?
Era torturoso não? Quase tão torturoso como ouvir os comentários de ténis do Open dos EUA.(Aqueles comentadores deviam ser espancados publicamente com dicionários de Português).
Pois bem, as capacidades do papel de forrar livros não terminam apenas nesta situação. Aliás, provavelmente nem deviam começar em forrar livros.
Para que outras coisas podemos usar o dito papel?
Eu vou adiantar umas, mas agradecia que ao comentarem este texto (se o lerem já é bom, espero não estar a ser demasiado exigente =P (esta será a primeira e última vez que usarei um smile neste blog, e este parênteses já está a ser demasiado longo não?))
Usos para Papel de Forrar Livros:
1- Forrar Livros (duh (também é a primeira e última vez que usarei este género de expressões neste blog));
2- Usar os tubos em que este papel é comercializado como arma;
3- Usar como depilador;
4- Usar exemplar para explicar ao médico que foi aquilo que usou para depilar;
5- Usar exemplar no bigode do médico se ele se armar em chico-esperto;
6- Usar no ecrã do computador, "pois desconcentra os raios ultra-violetas dos pc's" (eu ouvi isto, garanto-vos);
7- Usar o ponto 2 para castigar o indivíduo que falou no ponto 6;
8- Forrar os sofás (por causa do pó);
9- Forrar o space - shuttle (ainda a NASA não se lembrou dessa);
10- Fazer de conta que este post está a ter piada (a sério, ria-se, lembre-se do ponto 2);
11- Forrar a chave do carro (façam isto criancinhas, os vossos papás vão adorar);
12- Uso do ponto 2 pelos queridos papás;
Bem, sinceramente não me ocorrem mais coisas, e mesmo que ocorressem, acho que já destilei toda a minha estupidez neste post.
Obrigado por terem tido a paciência de ler até aqui.
"Agora ide, e comentai"
O Leitor lembra-se certamente desta situação, inícios de Setembro, chegam os livros da escola, e associado chega o magnifico papel para forrar os ditos. O clássico transparente, outros com desenhos, alguns às cores. Apenas uma coisa é comum a todos eles. A incapacidade de colarem devidamente ao livro, deixando as sempre inestéticas bolhas de ar. Lembra-se das maratonas de forrar livro? As longas horas em volta de um rolo daquele papel fantástico, repetindo o processo até à exaustão, tentando sempre que não ficassem bolhas na capa do livro?
Era torturoso não? Quase tão torturoso como ouvir os comentários de ténis do Open dos EUA.(Aqueles comentadores deviam ser espancados publicamente com dicionários de Português).
Pois bem, as capacidades do papel de forrar livros não terminam apenas nesta situação. Aliás, provavelmente nem deviam começar em forrar livros.
Para que outras coisas podemos usar o dito papel?
Eu vou adiantar umas, mas agradecia que ao comentarem este texto (se o lerem já é bom, espero não estar a ser demasiado exigente =P (esta será a primeira e última vez que usarei um smile neste blog, e este parênteses já está a ser demasiado longo não?))
Usos para Papel de Forrar Livros:
1- Forrar Livros (duh (também é a primeira e última vez que usarei este género de expressões neste blog));
2- Usar os tubos em que este papel é comercializado como arma;
3- Usar como depilador;
4- Usar exemplar para explicar ao médico que foi aquilo que usou para depilar;
5- Usar exemplar no bigode do médico se ele se armar em chico-esperto;
6- Usar no ecrã do computador, "pois desconcentra os raios ultra-violetas dos pc's" (eu ouvi isto, garanto-vos);
7- Usar o ponto 2 para castigar o indivíduo que falou no ponto 6;
8- Forrar os sofás (por causa do pó);
9- Forrar o space - shuttle (ainda a NASA não se lembrou dessa);
10- Fazer de conta que este post está a ter piada (a sério, ria-se, lembre-se do ponto 2);
11- Forrar a chave do carro (façam isto criancinhas, os vossos papás vão adorar);
12- Uso do ponto 2 pelos queridos papás;
Bem, sinceramente não me ocorrem mais coisas, e mesmo que ocorressem, acho que já destilei toda a minha estupidez neste post.
Obrigado por terem tido a paciência de ler até aqui.
"Agora ide, e comentai"
segunda-feira, setembro 04, 2006
Aniversários de Crianças...
Certamente que todos nós já uma vez tivemos de frequentar esse pesadelo do jovem adulto que é a festa de anos de criança. Irremediavelmente acabamos por ser o único espécime humano representativo da nossa faixa etária, estando normalmente o espécime humano mais próximo à distância de 10 anos (o puto de 10 anos ou a mulher de 30 anos casada). Neste género de festas é comum encontrarmos histórias e estórias fantásticas, se bem que repletas de referências de cariz sexual (claro que sempre camufladas pela ironia, sarcasmo ou eufemismos). Conto-vos a história de um indivíduo que eu vejo todos os dias em frente ao espelho, que frequentou tal antro de bolos, champomi (a pior invenção do Homem desde o toque rectal) e outras confecções culinárias ricas em calorias e sacarose. Quando se chega à festa, está tudo bem, as crianças saltam, gritam e demonstram as suas qualidades de cinemática à nossa frente (os comuns saltos, corridas desenfreadas enquando nós tentamos assistir a algo na TV e o necessário rebentar do balão). Se por um lado temos as crianças aos saltos pela casa, por outro temos os avôs das criancinhas sentados em formação circular em volta de uma mesa, bebericando as suas Sagres fresquinhas e debatendo os assuntos importantes do Mundo, designadamente o eterno debate entre a preferência de usar canos de cobre ou PVC ou então velhas estórias de guerra e amores perdidos. As avós discutem a evolução da massa das crianças além de se dedicarem à milenar arte de "dizer mal da nora". Mas agora, todos sabem que uma festa de crianças não é festa enquanto uma destas pestes não derrubar a outra e começar a choradeira. (Do meu ponto de vista a idade entre os 6 e os 15 devia ser abolida). E eis que após várias horas de pura tortura chegamos àquele momento que delimita o final da festa, o cortar do bolo (previamente bem cuspido pelo infante aniversariante e por outros que insistem em soprar as velas).
Acho que não me engano em dizer que este é o grande medo de qualquer jovem adulto. Espero que a história do indivíduo que eu vejo todos os dias em frente ao espelho vos tenha ajudado. Lembrem-se, por muito más que as coisas estejam, elas podem piorar, bastando que alguém se lembre de por o "Ruca" no DVD, ou então um cd de músicas de criança.
Acho que não me engano em dizer que este é o grande medo de qualquer jovem adulto. Espero que a história do indivíduo que eu vejo todos os dias em frente ao espelho vos tenha ajudado. Lembrem-se, por muito más que as coisas estejam, elas podem piorar, bastando que alguém se lembre de por o "Ruca" no DVD, ou então um cd de músicas de criança.
domingo, setembro 03, 2006
Gatos vs Cães (ou vice-versa)
Vou tentar aqui esclarecer a grande questão que se põe a um casal quando vai morar para a primeira habitação em conjunto.
Cão, gato ou filho?
Partindo do pressuposto que o casal em análise é jovem e ainda quer curtir a vida antes de se meter no investimento sem retorno que é um filho, a questão resume-se à escolha entre um cão e um gato. Obviamente que há quem escolha os dois, mas pelo menos para mim, isso é como misturar fenol e um dedo, dói pra caraças! (Acredito que o combo unha de gato e dente de cão deva ser o mais devastador para a mão humana possível)
Claro que normalmente não somos nós que escolhemos o animal, mas ele que nos escolhe a nós. Quando vemos um gato bébé a erguer a pequena patinha para nós, ou o cachorrinho a olhar para nós com olhos tristes, sabemos lá o que vai por trás daquelas cabecinhas.
Imagine-se na posição destes animais:
Gato - Olha Alberto (aparentemente os gatos e os cães gostam de se tratar pelo primeiro nome, uma questão de educação), lá vem mais um casal de totós (o equivalente gatês para a palavra humano) que nós vamos poder chular, passar as pulgas e mijar nas flores.
Cão - Pois é meu caro Alfredo (note-se na elegância do trato do cão, ao contrário do que é esperado), um casal de otários (o equivalente canês para a palavra humano) a quem nós poderemos indubitavelmente exaurir a fonte de rendimentos, inocular com animais da ordem Siphonaptera (pulgas) e mictar nas plantas.
Gato - Nunca percebi muito bem porque é que estes totós nos levam para casa. Em todo o caso deixa cá aplicar a técnica 32b. de sedução de totós.
Cão - Meu caro Alfredo, essa técnica não é rival para a minha 23f. de aliciamento de otários. Repara como eles olham para mim, não vão resistir!
Gato - Eles parecem indecisos, que tal fazermos um compromisso para eles nos levarem aos dois?
Cão - A mítica técnica 34g.? Eu deitar a minha cabeça em cima do teu lombo ao mesmo tempo que tu brincas com o prolongamento da minha coluna vertebral (cauda, os cães são dados a este género de verborreia)?
Gato - Nem mais!
Casal - Olha aqueles dois tão fofinhos, temos de os levar!
Como pode ver, assim somos manipulados diariamente pelos que nós apelidamos, animais de estimação. Garanto-vos, a única estima que eles têm por nós é quando lhes enchemos a marmita com o necessário alimento. Sem o sabermos, fomos parte de uma macabra conspiração e uma manipulação desregrada.
É por essas e por outras (designadamente falta de espaço) que não tenho cão ou gato. (A alergia também desempenha o seu papel fulcral.)
Cão, gato ou filho?
Partindo do pressuposto que o casal em análise é jovem e ainda quer curtir a vida antes de se meter no investimento sem retorno que é um filho, a questão resume-se à escolha entre um cão e um gato. Obviamente que há quem escolha os dois, mas pelo menos para mim, isso é como misturar fenol e um dedo, dói pra caraças! (Acredito que o combo unha de gato e dente de cão deva ser o mais devastador para a mão humana possível)
Claro que normalmente não somos nós que escolhemos o animal, mas ele que nos escolhe a nós. Quando vemos um gato bébé a erguer a pequena patinha para nós, ou o cachorrinho a olhar para nós com olhos tristes, sabemos lá o que vai por trás daquelas cabecinhas.
Imagine-se na posição destes animais:
Gato - Olha Alberto (aparentemente os gatos e os cães gostam de se tratar pelo primeiro nome, uma questão de educação), lá vem mais um casal de totós (o equivalente gatês para a palavra humano) que nós vamos poder chular, passar as pulgas e mijar nas flores.
Cão - Pois é meu caro Alfredo (note-se na elegância do trato do cão, ao contrário do que é esperado), um casal de otários (o equivalente canês para a palavra humano) a quem nós poderemos indubitavelmente exaurir a fonte de rendimentos, inocular com animais da ordem Siphonaptera (pulgas) e mictar nas plantas.
Gato - Nunca percebi muito bem porque é que estes totós nos levam para casa. Em todo o caso deixa cá aplicar a técnica 32b. de sedução de totós.
Cão - Meu caro Alfredo, essa técnica não é rival para a minha 23f. de aliciamento de otários. Repara como eles olham para mim, não vão resistir!
Gato - Eles parecem indecisos, que tal fazermos um compromisso para eles nos levarem aos dois?
Cão - A mítica técnica 34g.? Eu deitar a minha cabeça em cima do teu lombo ao mesmo tempo que tu brincas com o prolongamento da minha coluna vertebral (cauda, os cães são dados a este género de verborreia)?
Gato - Nem mais!
Casal - Olha aqueles dois tão fofinhos, temos de os levar!
Como pode ver, assim somos manipulados diariamente pelos que nós apelidamos, animais de estimação. Garanto-vos, a única estima que eles têm por nós é quando lhes enchemos a marmita com o necessário alimento. Sem o sabermos, fomos parte de uma macabra conspiração e uma manipulação desregrada.
É por essas e por outras (designadamente falta de espaço) que não tenho cão ou gato. (A alergia também desempenha o seu papel fulcral.)
Datas, Horários e o fado Português do incumprimento...
Este post hoje é mais um desabafo do que outra coisa qualquer, mas caramba, tou a precisar!
Imaginem a seguinte situação: O vosso patrão atribui-vos uma data de entrega de um dado trabalho, se vocês se atrasarem uns dias com isso, são no mínimo despedidos! Mas agora pensem na situação oposta, o vosso patrão "atribui-vos" uma data na qual irá depositar o vosso salário, no entanto atrasa-se um dias. O que fazer? Despedir o patrão? Isso seria contraproducente, já que não teria ninguém que lhe entregasse o salário. O que fazer? Bem, engolir o orgulho e rezar a Deus para que não aconteça nenhuma situação "financeiramente prejudicial".
Evidentemente que isto é uma pequena analogia do que se está realmente a passar comigo.
Agora imagine-se na situação de amanhã iniciarem-se as inscrições para algo que você não sabe o que é, nem lhe sentiu o cheiro nem o sabor, não faz ideia de quando realmente se poderá inscrever, apenas que na semana seguinte vai começar "essa cena".
Insanidade?Loucura?Mentecaptia?Demência?
Agora diga-me, se isto lhe acontecesse, claro que tentaria informar-se com a pessoa mais indicada para o esclarecer. Imagine agora que as únicas respostas dadas seriam: "Não sabemos nada", "Ninguém vai sair prejudicado", "Pergunte aos seus colegas".
Insanidade?Loucura?Mentecaptia?Demência?
Não que eu queira chamar incompetentes a estas pessoas, mas porra!Que cambada de incompetentes!!!
Nota: Se notou alguma semelhança com uma situação por si vivida e se é aluno de LBCM na FCT/UNL, então esta situação NÃO É PURA COINCIDÊNCIA!!!!
Imaginem a seguinte situação: O vosso patrão atribui-vos uma data de entrega de um dado trabalho, se vocês se atrasarem uns dias com isso, são no mínimo despedidos! Mas agora pensem na situação oposta, o vosso patrão "atribui-vos" uma data na qual irá depositar o vosso salário, no entanto atrasa-se um dias. O que fazer? Despedir o patrão? Isso seria contraproducente, já que não teria ninguém que lhe entregasse o salário. O que fazer? Bem, engolir o orgulho e rezar a Deus para que não aconteça nenhuma situação "financeiramente prejudicial".
Evidentemente que isto é uma pequena analogia do que se está realmente a passar comigo.
Agora imagine-se na situação de amanhã iniciarem-se as inscrições para algo que você não sabe o que é, nem lhe sentiu o cheiro nem o sabor, não faz ideia de quando realmente se poderá inscrever, apenas que na semana seguinte vai começar "essa cena".
Insanidade?Loucura?Mentecaptia?Demência?
Agora diga-me, se isto lhe acontecesse, claro que tentaria informar-se com a pessoa mais indicada para o esclarecer. Imagine agora que as únicas respostas dadas seriam: "Não sabemos nada", "Ninguém vai sair prejudicado", "Pergunte aos seus colegas".
Insanidade?Loucura?Mentecaptia?Demência?
Não que eu queira chamar incompetentes a estas pessoas, mas porra!Que cambada de incompetentes!!!
Nota: Se notou alguma semelhança com uma situação por si vivida e se é aluno de LBCM na FCT/UNL, então esta situação NÃO É PURA COINCIDÊNCIA!!!!
sexta-feira, setembro 01, 2006
Porque se deve prestar homenagem aqueles que a merecem
Porque eu acho que se deve prestar homenagem ao homem que mais tem feito pelo humor em Portugal nos últimos 28 anos, aqui está ele na sua plenitude, Alberto João Jardim.
(Um cartoon brilhante de Rui Pimentel, como sempre aliás, espero que ele me perdoe usar a sua arte sem pedir autorização, pedindo desde já as minhas desculpas)
(Um cartoon brilhante de Rui Pimentel, como sempre aliás, espero que ele me perdoe usar a sua arte sem pedir autorização, pedindo desde já as minhas desculpas)
Pombos
É impressão minha ou os pombos estão a tornar-se cada vez mais arrogantes? Aqui à uns dias dei por mim a ter de "pedir licença" aos ditos animais para atravessar a praça S. João Baptista (que fica no centro da cidade de Almada) que costuma estar coberta de membros da ordem Columbiforme (daí a columbofilia para os menos atentos). Vamos tentar desenvolver um raciocínio lógico aqui em relação a este desvio comportamental dos pombos. Primeiro, um pombo terá uma massa total que andará por volta das 300 gramas, (os de Almada terão uma massa maior devido ao fenómeno V.Q.D.M que explicarei mais à frente), por oposição às 80000 gramas que representa um humano adulto médio. Por uma simples questão de momento linear vamos poder determinar que num choque entre um humano a andar e um pombo parado o pombo ficará no minímo espalmado (a não ser que vá contra o humano a uma velocidade fenomenal de 1333 Km/h). Segundo, o ser humano é um predador natural do pombo (um pombinho estufado é sempre bom). Terceiro, os pombos são por natureza, animais estúpidos.
Tendo em conta estas premissas poderíamos concluir que o pombo terá sempre a tendência a afastar-se de um objecto que se move na sua direcção a uma velocidade relativamente alta, que o pode potencialmente querer comer e cuja natureza o pombo não é capaz de avaliar. No entanto verificamos que eles não o fazem. Porquê?
O fenómeno V.Q.D.M., Velhos Que Dão Milho, pode explicar isto. Imagine-se esta situação: um pombo, "programado" para tentar comer tudo o que lhe for possível, repara que um sujeito cuja natureza ele não é capaz de avaliar lhe fornece uma dada quantidade de grãos de milho. O pombo ao princípio desconfia, mas o seu instinto leva-o a comer tudo o que cai no chão. O Pombo apesar de estúpido, não é parvo e começa a reparar na repetição de comportamento destes sujeitos. Desenvolve-se uma relação de mestre e escravo entre pombo e homem que lhe dá milho. Daí eles não se afastarem de nós quando andamos pela rua (porque não se afastam dos carros ainda não percebi), os pombos vêem-nos como seus subalternos que os alimentam, e recusam-se a dar-nos passagem enquanto não lhe dermos a sua dose! Quando não lhes damos milhos arriscamo-nos a levar com uma poia no casaco (maldito ácido úrico!) ou no pior dos casos, na cabeça.
Por isso, quando andarem na rua e virem as criancinhas a correr atrás dos pombos não digam nada, é apenas a natureza a tentar repor o equilíbrio entre o comportamento humano-columbino.
"Natures moves in misterious ways..."
Tendo em conta estas premissas poderíamos concluir que o pombo terá sempre a tendência a afastar-se de um objecto que se move na sua direcção a uma velocidade relativamente alta, que o pode potencialmente querer comer e cuja natureza o pombo não é capaz de avaliar. No entanto verificamos que eles não o fazem. Porquê?
O fenómeno V.Q.D.M., Velhos Que Dão Milho, pode explicar isto. Imagine-se esta situação: um pombo, "programado" para tentar comer tudo o que lhe for possível, repara que um sujeito cuja natureza ele não é capaz de avaliar lhe fornece uma dada quantidade de grãos de milho. O pombo ao princípio desconfia, mas o seu instinto leva-o a comer tudo o que cai no chão. O Pombo apesar de estúpido, não é parvo e começa a reparar na repetição de comportamento destes sujeitos. Desenvolve-se uma relação de mestre e escravo entre pombo e homem que lhe dá milho. Daí eles não se afastarem de nós quando andamos pela rua (porque não se afastam dos carros ainda não percebi), os pombos vêem-nos como seus subalternos que os alimentam, e recusam-se a dar-nos passagem enquanto não lhe dermos a sua dose! Quando não lhes damos milhos arriscamo-nos a levar com uma poia no casaco (maldito ácido úrico!) ou no pior dos casos, na cabeça.
Por isso, quando andarem na rua e virem as criancinhas a correr atrás dos pombos não digam nada, é apenas a natureza a tentar repor o equilíbrio entre o comportamento humano-columbino.
"Natures moves in misterious ways..."
quinta-feira, agosto 31, 2006
Praia
Acho a praia algo de fabuloso, quem vai lá vê tudo. Desde o Sr. Silva que limpa as ruas à noite até ao Sr. Silva que todos conhecemos, todos têm o mesmo dom, a capacidade de perder toda a vergonha num local frequentado por imensa gente que vai para ver ou ser vista. Agora a questão que eu ponho é: Se na praia somos capazes de usar aquele fenómeno da evolução têxtil que é a tanga, porque diabos é que toda a gente se sentiria mal em aparecer em público de cuecas? Será uma questão de contexto? Será natural podermos andar praticamente despidos num local e 100 metros à frente podermos ser presos se andarmos do mesmo modo? Além de sermos descriminados nos restaurantes e bares (não entra gente de bikini ou calção de banho). Se por um lado isto faz sentido por uma óbvia questão de higiene, então também deveriam proibir a gente mal-cheirosa de andar de autocarro ou de entrar em sítios públicos sem lavar a massa de sebo e fios de polissacáridos compostos (peroxidados ou não) a que chamam de cabelo.
Isto são coisas que quase ninguém questiona (provavelmente por serem estúpidas) mas têm tanta validade como tentar saber como criar células estaminais sem destruir o embrião!!!
Outra das coisas que me agradam sobremaneira na praia, e que ela nunca descrimina, a areia agarra-se e arranha a pele a todos sem preocupações éticas, étnicas e financeiras. A areia é a democrata por excelência, ela e a água sua fiel companheira.
Por isto e tudo o resto, acho a praia algo de fabuloso.
Levanto-me de manhã...
Levanto-me de manhã, pego no meu telefone preto e digo olá ao mundo.
Olá teclado numérico,
Olá microfone,
Olá microprocessador,
Olá cabo de fibra óptica,
Olá computador que redirecciona a minha chamada,
Olá a todos.
Por cada pessoa que pega num telefone preto neste mundo há outra que pega num outro telefone de cor diferente.
Olá teclado numérico,
Olá microfone,
Olá microprocessador,
Olá cabo de fibra óptica,
Olá computador que redirecciona a minha chamada,
Olá a todos.
Por cada pessoa que pega num telefone preto neste mundo há outra que pega num outro telefone de cor diferente.
Subscrever:
Mensagens (Atom)